Rede de desenvolvimento infantil

Academia de ginástica para bebês? À primeira vista, a ideia pode parecer um pouco estranha. Mas quando se conhece a proposta de uma atividade orientada e focada no desenvolvimento da criança, e os benefícios que a técnica traz, as aulas de psicomotricidade ganham cada vez mais adeptos.
A proposta da Baby Gym chegou a Bento Gonçalves pelas mãos da empresária Paula Paixão. “Procurando atividades para fazer junto com meu filho e já trabalhando com mães e bebês, encontrei a Baby Gym. Analisando a carência desse mercado e a necessidade de supri-la veio o desejo de empreender nessa área.” Relata Paula que é profissional de educação física.
Por mais que o nome evoque uma academia para bebês, Paula explica que o foco é a psicomotricidade. “Buscamos estimular e trabalhar com os aspectos psicológico, físico e social das crianças”. O perfil dos alunos é de crianças que ficam geralmente em casa, com os pais ou babás, na etapa anterior à ida para a creche ou escolinha. A idade mínima é de dois meses, podendo inclusive ser prematuros, até quatro anos – sempre com a autorização do pediatra.
As atividades buscam promover a saúde da criança. No aspecto físico, as professoras estimulam o bebê a mover as articulações, a ter coragem para alguns desafios, além de incentivar os primeiros passos, o engatinhar e o sentar. O psicológico da criança é um dos aspectos muito importantes trabalhado nas aulas, a presença de um dos pais ou cuidador é essencial por ser um trabalho afetivo, em que a criança interage com as outras, mas também com seus pais, garantindo assim um vínculo ainda maior. Nas aulas também há a preocupação em estimular o convívio social, estimulando o respeito pelos colegas e professores.
Numa sala com espumados coloridos e atrativos, as crianças ouvem músicas, têm sempre o contato com pais, e aos poucos vão sendo estimuladas a sentar, a ter controle do tronco, engatinhar, caminhar, ficar em pé – respeitando seus limites e seu tempo. “Não é uma super estimulação. As crianças vão evoluindo a seu tempo”, enfatiza Paula.
E essa evolução pode ser vista de forma muito clara. “O que mais notamos é a independência da criança após um tempo. Muitas se assustam no início, uma vez que ficam muito em casa. Quando chegam, se agarram na mãe, choram”, conta. Mas aos poucos os pequenos vão se acostumando, a cor da sala e os brinquedos os atraem, as brincadeiras motivam e eles logo se sentem atraídos. Os benefícios relatados pelos pais vão desde a sociabilidade da criança, que passa a compartilhar dos brinquedos com os colegas, até a aspectos físicos e de sono, por exemplo, que passa a ser mais tranquilo e regular.
Todas as atividades são realizadas em grupos, com o uso de brinquedos e sons. Mas o fundamental, destaca Paula, é a presença dos pais na aula e a continuidade das brincadeiras em casa. “São muitos os benefícios e não somente para a criança, mas para toda a família”.
AS PRINCIPAIS ATIVIDADES, POR IDADE:

Pitocos (2 a 6 meses).
Exercitamos os reflexos primitivos e convidamos o bebê a:
• Sorrir e Balbuciar; Sustentar a cabeça; Agarrar objetos;
Girar sobre o abdômen (rolar); Vocalizar vogais.

Sapecas (6 a 9 meses).
Ajudamos a descobrir que o mundo tem muitas dimensões:
• Afastar partes do corpo do chão; Manter-se sentado;
Preensão palmar; Pôr-se sentado; Rastejar; Vocalizar sílabas.

Exploradores (10 meses a 18 meses).
Oportunizamos que eles explorem o mundo:
• Engatinhar; De pé, dá passos com ajuda; Caminhar só;
Vocalizar as primeiras palavras.

Artistas (19 a 36 meses).
A interação com o mundo aumenta e sabem que são o centro das atenções:
• Refinar o controle dos movimentos; Descobrir novas sensações; Aprender conceitos simples; Começar a descobrir símbolos, cores e formas.

Atletas (3 e 4 anos).
Desenvolver todas as suas potencialidades:
• Viver intensamente a fantasia; Explorar as potencialidades corporais, sensoriais e cognitivas; Desenvolver prudências para não se machucar nas brincadeiras e na vida; Socializar, respeitar e dividir.